quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Memorial Reflexivo

Aos meus 18 anos, não pretendo citar época para não parecer muito distante, quando eu terminava o Ensino Médio, tamanha foi minha surpresa e entusiasmo quando a professora de Português perguntou se eu não queria “dar aulas” isso mesmo, dar aulas da referida disciplina na 8ª série ( 9º ano) enfatizando que eu escrevia bem, obedecia as regras gramaticais ... mas eu percebia que não estava preparada para assumir tal compromisso. Sempre busquei aprender, nas minhas redações, eu costumava escrever “... para ter um futuro brilhante.” Aquilo era o máximo, mesmo não tendo noção das características de uma redação, mas a professora sempre elogiava meus trabalhos.
O material didático, o livro, o quadro negro, giz e as enfadonhas provas mensais à base do que é isso? o que aquilo? eram suficientes para a verificação do ensino e aprendizagem. Tempos remotos, porém bem aproveitados. No ano seguinte fui convidada para trabalhar numa escola municipal numa turma de 4ª série (5º ano). Como era difícil no dia do planejamento, eu chorava por não saber como elaborar aquele planejamento e não tinha acompanhamento pedagógico, então eu ficava aguardando um ex-professor fazer o seu planejamento aí ele me passava o rascunho então eu adequava-o à minha turma. Lembro-me que na disciplina de Educação Moral e Cívica não tinha notas nos boletins dos alunos porque eu não sabia o que ensinar sobre aquela disciplina, o que só foi percebido no final do ano isso porque não recebia nenhuma orientação pedagógica.
O tempo passou, a Universidade estava tão distante que eu nem ousava sonhar, mas como tudo que acontece em nossa vida é parte do planejamento Divino, eu agradeço imensamente a Deus pelas oportunidades a mim oferecidas. Quando cheguei aqui no Tocantins com minha família em 1990, eu tinha objetivo logo na primeira oportunidade no concurso público estadual para professores eu tentei e consegui a minha vaga. Daí em diante me pus a sonhar, o que aos poucos estou realizando. Já cursei uma Faculdade dentre outras conquistas, hoje posso dizer que faço parte da classe média alta, não pelo dinheiro, mas pela condição de lutar e conseguir.
A tecnologia hoje é parte tanto no meu trabalho como na minha casa onde podemos usufruir os mais variados meios de comunicação como telefone, e-mail, internet..., tudo isso parece irreal para quem não possuía nem uma televisão.
Agora ao finalizarmos este curso “Ensinando e aprendendo com as TIC” percebe-se que a aprendizagem não possui fronteiras, faz-se necessário a ousadia de buscar novas realizações. Hoje já não tenho mais problemas no planejamento das minhas aulas, graças a Deus e à tecnologia.



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Irismar de Sousa Dias

Um comentário:

  1. Oi Irismar
    Que bom que após o curso a sua aprendizagem não possui fronteiras. Realmente precisamos ousar e buscar novos saberes.
    Parabéns pelo seu desempenho.
    Elisângela

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